Amanda Heimann: Do Expresso 365
10/06/2025
Ocorreu nesta manhã de terça-feira, 10 de junho, mais uma parte de interrogatórios no STF sobre a trama golpista que envolveu o Brasil nos anos de 2022 e 2023.
A audiência foi iniciada com o depoimento de Almir Garnier, Almirante da Marinha e comandante da Força no governo Bolsonaro.
Garnier disse que nunca participou de nem uma trama golpista e que não tinha conhecimento de qualquer ruptura democrática no país.
Ele reconheceu que as Forças Armadas tinham preocupação com a situação no país após as eleições de 2022 e a vitoria de Lula da Silva.
E destacou que muitas ilações foram feitas na oportunidade.
O ex-comandante, ainda jogou sob o Brigadeiro Batista Junior, Comandante da Aeronáltica, muitas das falas atribuídas a ele próprio mas que não foram ditas.
Anderson Torres foi o próximo a participar do interrogatório. Ele disse por sua vez, que muitas das falas feitas por ele, foram no intuito de engajar Ministros de Estado a mostrar os benefícios do governo Bolsonaro, para vencer a eleição.
O ex-ministro da Justiça, disse que recebeu relatórios que não tinha como confirmar veracidade, e que os usou para falar sobre possíveis fraudes nas urnas eletrônicas.
Anderson Torres disse que não teve ligações com nem uma trama golpista, e que perdeu o telefone nos Estados Unidos, ao ter prisão decretada no Brasil e ter que voltar ao país, diante dos desdobramentos do 8 do 1.
O réu ainda declarou, que viajou aos EUA, para uma viagem de fim de ano com a família, programada meses antes.
Augusto Heleno foi o último a depor na manhã, e se reservou ao direito de ficar calado nas perguntas.
Heleno disse que responderia apenas as perguntas de sua defesa, e negou enfaticamente qualquer participação na trama golpista.
A audiência será retomada na tarde desta terça, a partir do interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Talvez este seja o mais importante depoimento e o mais esperado de todos.
Será a primeira vez que Bolsonaro fica frente a frente com o Ministro Alexandre de Moraes, relator do julgamento no Supremo.