Luara Rodrigues: Jornalista
Do Expresso 365 16/05/2025
Ocorreu nesta quinta-feira, 15 de maio, o 1º encontro entre representantes de Rússia e Ucrânia para negociar a paz. O encontro foi um fracasso, sem que se chegasse num acordo entre as partes.
Os detalhes da reunião não foram revelados, mas se sabe que ambas autoridades dos dois países não chegaram num consenso e trocaram acusações.
Nem o Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, nem o homólogo russo, Vladmir Putin, participaram pessoalmente da cúpula de negociações.
A expectativa é que eles se encontrassem cara a cara, para tentar solucionar um conflito que se arrasta por mais de 3 anos. Contudo, Putin disse que não viajaria para a Turquia, para negociar a paz, depois de ter proposto aceitar a conversa no domingo, 11.
O Presidente ucraniano também não viajou para Istambul, depois de saber que o russo não iria.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que espera se encontrar em breve com Putin, para que possam encontrar uma solução para o conflito.
O norte-americano tenta um encontro com o russo, mas isso ainda não ocorreu, nem tem data para que possa acontecer.
Trump acredita que sua presença possa influenciar Putin, a aceitar conversar e fazer um acordo. Mas o russo não parece interessado.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, em uma guerra sem necessidade e por território. Os russos querem o domínio da Ucrânia e que o país não faça parte da Otan.
Até aqui, mais de 500 mil pessoas entre russos e ucranianos, civis e militares, morreram por causa dos conflitos.
Em agosto do ano passado, a Ucrânia realizou uma contraofensiva da mais bem orquestrada no curso da guerra, e tomou cidades no território russo.
Sem apoio Militar dos Estados Unidos esses territórios foram retomados pela Rússia, em abril.
Os ucranianos querem garantia de sua soberania e que os russos deixem os 20% do território do país que ocuparam. Putin se nega.
Trump apoia uma negociação em que a Rússia não perca territórios, o que aumenta o impasse e a pressão sobre o Presidente ucraniano.
Contudo, os Estados Unidos voltaram a negociar apoio Militar com a Ucrânia, depois de negociarem a exploração de terras com metais raros da Ucrânia, algo que Trump queria muito como reparação pelos valores doados na guerra.