Por Isabella Peroni
02/04/2025 | 7h38
A ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, lançou na semana passada, uma nova diretriz para a acessibilidade Web.
O lançamento é fruto de um trabalho de 2 anos, entre a Associação e programadores, para que possam construir um universo mais inclusivo, em uma área que tecnicamente deveria ser melhor estruturada na acessibilidade, mas nem sempre é.
Hoje, é muito simples se falar em acessibilidade, porém muito complexo o estado de tornar isso realidade.
Nas novas normas, um conjunto com 150 novos direcionamentos, pretendem deixar os sites mais acessíveis no Brasil, seguindo padrões internacionais.
Alguns programadores que já tem o padrão de acessibilidade, não terão problemas grandes com essa nova adequação.
Para outros, novos códigos e novas necessidades técnicas de mudança, poderão bagunçar.
Uma cartilha com esses dados foi publicada pela ABNT, e está disponível para desenvolvedores Web, no site da Associação.
Também, há uma ampla divulgação desse processo, em comunidades de programadores.
Os sites como conhece-se hoje, devem mudar de maneira drástica, para aqueles que realmente forem seguir o padrão de acessibilidade.
Se por um lado isso parece bom, por outro, deve gerar mais custos na produção de uma página Web. Já que os programadores terão mais trabalho na adequação.
Uma das normas visa, impedir o uso de flashs para que imagens e vídeos sobrepesem as páginas impedindo um carregamento rápido.
Também quer a ABNT, que os sites retirem símbolos ou ícones de seus botões, substituindo-os por textos descritivos.
Os sites também terão que ter, legenda para fotos e descrição em áudio para vídeos.
O ponto mais trabalhoso e um dos 150 itens dessa reforma na acessibilidade, deve ser o que se refere a textos nas páginas.
A partir de agora, o fundo de cada página deverá ser sobreposto, para destacar o texto e facilitar a leitura.
As letras terão que ser num padrão maior, de modo a permitir baixa visão enxergar com perfeição.
Os menus de sites também terão que ter os escritos em fontes maiores.
Todas as páginas também passarão a ter um cabeçalho dinâmico, para facilitar a navegação de leitores de telas.
Dados de acessibilidade
Hoje, apenas 10% dos sites no Brasil seguem todas as normas de acessibilidade, incluindo recursos para deficientes de todas as naturezas, incluindo Libras.
O elevado custo dessa produção de algo acessível, dificulta e muito que os sites passem a ser mais acessíveis no Brasil.
No mundo o número é ainda pior, são apenas 3% de sites com todos os recursos em acessibilidade.
