Por Mariana Ferrari
01/04/2025 | 8h05
Dois Procuradores de Justiça do Maranhão, cedidos ao Supremo Tribunal Federal para que possam assessorar o Ministro Flávio Dino, estão acusados pela Procuradoria do estado, de entrarem irregularmente nos sistemas eletrônicos da PGE.
Esses funcionários teriam acessado no dia 20 de fevereiro, 130 vezes o sistema e de forma irregular, para retirar documentos de um processo judicial, contra um aliado de Flávio Dino.
Os documentos teriam sido cedidos de forma privilegiada para a defesa, de modo a fazer uma sustentação contra as peças, produzidas pela Procuradoria-Geral estadual, antes que fossem tornadas públicas.
O processo em questão, é contra um aliado de Dino e movido pela PGE, com base em provas lícitas de um esquema de desvios.
Atinge em cheio, o marido de uma senadora do Maranhão, eleita como suplente de Flávio Dino e que assumiu seu cargo, após ele ser indicado ao Supremo Tribunal Federal.
Os servidores em questão, alegam que entraram no sistema para executar funções administrativas, e que nunca acessaram os processos.
E que a prática da entrada é comum e regular, já que eles estão cedidos ao STF, mas pertencem a Procuradoria-Geral, sendo funcionários concursados e de carreira.
O Ministro Flávio Dino não se manifestou sobre as acusações.
O Procurador-Geral do estado do Maranhão, oficiou o STF sobre as entradas irregulares dos servidores no sistema, e pediu medidas punitivas imediatas.
Até o momento, o Tribunal não se manifestou sobre o ocorrido.
