Por Karoline Ribeiro
29/03/2025 | 7h02
Atualizado 30/03/2025 | 7h56
Mianmar foi sacudida por um terremoto de 7,7 de magnitude na última sexta-feira, 28. Foi o pior abalo sísmico ocorrido no país, nos últimos 100 anos, segundo revelaram autoridades.
O tremor também foi sentido em outros países, como Tailândia, com maior intensidade, e China, onde algumas cidades também tiveram pequenos impactos.
Em Mianmar, o epicentro foi localizado na região central do país, e seguido de um segundo abalo sísmico de 6,4, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Segundo informações do governo Militar, imposto no país desde 2021 após uma tomada de poder e o estouro de uma guerra civil, ainda é cedo para cravar um número total de mortos na tragédia.
Os dados são atualizados conforme vítimas são localizadas, pelo menos duas vezes ao dia. Na noite do sábado, 29, o governo informou que eram 1644 o total de pessoas mortas no terremoto. O número ficou muito acima das preliminares iniciais, de 144 mortes no 1º momento.
Os Estados Unidos estimam que o potencial do abalo poderia levar a mais de 10 mil mortes no país, a medida que lentamente equipes de resgate avançam nas áreas atingidas.
Com uma saúde precária por conta da guerra instalada no país, o governo chegou a ir a TV estatal, pedir apoio.
Os representantes dos Militares pediram que aqueles que puderem, doem sangue para socorrer vítimas nesse momento difícil para o país.
Em nota, União Europeia, China e Índia, se manifestaram em posição de oferecer ajuda humanitária se o governo quiser, para enviar equipes de resgate e suprimentos médicos.
China, Rússia, Singapura, Malásia e Índia, enviaram recursos e ajuda para o resgate de vítimas em Mianmar.
A Coreia do Sul, anunciou um pacote de ajuda humanitária de US$ 2 milhões para Mianmar.
Na Tailândia, onde o tremor também foi sentido com força, equipes de resgate trabalham para localizar desaparecidos em meio a escombros de prédios que desabaram.
9 mortes foram registradas em um arranha-céu que estava sendo construído na capital do país.
O governo local, confirmou que inicialmente 117 pessoas foram dadas como desaparecidas e que até a atualização desta reportagem, 49 encontravam-se sem serem localizadas.