Por Mariana Ratzinger
30/03/2025
Este artigo de hoje vai servir para duas finalidades. Destacar e agradecer.
Destacar primeiro, o Congresso Novorcon de Inclusão e Acessibilidade, que ocorre neste fim de semana de publicação, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de SP.
O Instituto Novorcon, reuniu quase 90 pessoas deficientes visuais, e profissionais que atuam diretamente com este público, para discutir a deficiência visual no Brasil.
O destaque é que, o Instituto não para de fazer e se aprimorar, no cuidado com o PCDV.
Uma função que deveria ser de nossos governantes e que o Novorcon e seus integrantes e dirigentes, abraçam com amor.
Se no Brasil houvessem mais entidades sérias, e preocupadas com a atuação do deficiente visual, seus cuidados, sua qualificação e colocação na inclusão social, sim, teríamos um Brasil melhor e de primeira linha.
Claro que a acessibilidade peca, ainda precisa melhorar muito no Brasil. Mas são em momentos como neste congresso, que a voz daqueles que realmente precisam dessa acessibilidade, é ouvida, e algo pode pode ser feito.
Não basta criar um conselho em Municípios com pessoas deficientes, sem ouvir as pessoas.
Não basta criar no Ministério da Educação, políticas públicas voltadas ao PCDV, só com estudos teóricos sem ver na prática os impactos que isso trás.
O Instituto Novorcon, não faz política, cuida das pessoas. E por isso este destaque tão importante e é tão importante iniciativas como as deste fim de semana.
Agradecimentos, porque encontro neste Instituto, todo o amparo necessário seja ele legal, psicológico, de orientação, mobilidade e acessibilidade, num verdadeiro processo de inclusão, para minha irmã.
Como todos sabem desde a primeira postagem neste espaço, tenho uma irmã deficiente visual, que perdeu a visão ao longo de sua vida por conta do Diabetes, pós Covid-19.
Contudo, é um desafio a cada dia, aprender a ajudar ela, para que ela também se supere e seja alguém melhor, e uma invisual, com todas as oportunidades e possibilidades de crescer na vida.
O Unia (Unidade Novorcon de Inclusão, Acessibilidade e Acolhimento), que a atende em Londrina, no Paraná, é preponderante e essencial, nesse processo.
Com grande gratidão, com votos de que mais eventos dessa natureza possam acontecer, e com a certeza de meu total e irrestrito apoio nesse e em outros projetos de relevância ao Novorcon, encerro a publicação de hoje.
E rendo minhas homenagens a Guilherme Kalel, Presidente do Instituto e que nunca desistiu da batalha. Mesmo que as vezes seja árdua.
Karoline Ribeiro, Vice-Presidente e que tem coordenado o Novorcon, com maestria e destreza, nas áreas em que é chamada a atuar.
Lívia Morelli, que como Diretora de Projetos Sociais, atua incansavelmente e de maneira incondicional, para promover de um jeito, o novo jeito, a verdadeira inclusão social, tal como o slogan do
Instituto descreve e como tem que ser.
A Thalita, que é coordenadora em Londrina e que tem toda paciência e trato, não só com deficientes mas especialmente com suas famílias.
Porque sim, é preciso saber falar com a família, com os deficientes e nos trazer a formar uma parceria, que permita a real inclusão.
Espero que num futuro muito breve, Maringá possa contar com uma unidade Unia do Instituto Novorcon.
Para que o que a minha irmã Karina tem, chegue a mais e mais pessoas.
Hoje, deslocamo-nos de Maringá, no Paraná, para Londrina, para que ela seja atendida pelo Instituto Novorcon, com todo amor.
Porque em nossa cidade, não é vergonha se dizer, não existem atendimentos especializados, éticos e morais, para receber pessoas com deficiência visual.
Até lá, até que a cidade tenha algo de descente para oferecer, sigamos aqui.