Por Anna Lívia Correa
Do Informe On
10/03/2025 8h
A Prefeitura de Belo Horizonte há mais de uma década, tenta construir uma nova rodoviária para a cidade com o objetivo de desafogar o centro, onde está localizada há 54 anos a rodoviária atual.
O objetivo é diminuir o fluxo na área que as vezes dependendo da época do ano ou dia da semana, chega a ficar horas congestionada pelo número de carros e ônibus que passam pela região.
O projeto chegou a ser apresentado pelo Prefeito Márcio Lacerda em 2009, para ser construída uma nova rodoviária.
Em 2012, o Município definiu que a área escolhida seria no Jardim São Gabriel, na área norte da cidade.
O espaço escolhido fica próximo a uma estação de metrô e um anel viário, o que daria mais vazão para o trânsito, pensavam a época.
A área escolhida para a construção, tinha 70 mil metros quadrados e mais de uma centena de famílias em suas casas.
O processo de desapropriação se arrastou por mais de 6 anos, passando por 3 gestões, e não saiu do papel.
Os moradores da região se sentem abandonados, frustrados e decepcionados com tudo o que ocorreu desde aquela época.
Os processos de desapropriação se arrastaram em envolveram 288 famílias. A Prefeitura chegou a gastar R$ 30 milhões para a compra das casas que foram derrubadas dando lugar a um amplo terreno.
Mas, as obras se quer começaram. A Prefeitura se desentendeu com a empresa responsável pela execução da construção e nunca mais houve um acordo.
O processo foi parar na justiça e o contrato cancelado, sem que a obra fosse executada.
Em 2018, o Prefeito Alexandre Kalil, do PHS, descartou qualquer possibilidade de fazer a construção do novo terminal rodoviário.
Mais duas gestões passaram por ali, e mantiveram até então, essa ideia.
A Prefeitura não tem planos para a área que virou um depósito de entulho da Prefeitura.
E que está tomado por usuários de drogas e moradores de rua. Há prostituição a céu aberto no local, durante o dia e a noite.
Moradores da região denunciam o caso e dizem que era melhor ter deixado as famílias em suas casas.
Antes, o local era transitável e habitável, todos conheciam todos, e sempre havia um portão se abrindo na rua.
Hoje, tudo ficou abandonado e há um grande esmo, contam moradores ouvidos pela Reportagem do Informe On.
