Saúde e Bem-estar

Jornalista espera à 11 meses em fila para realizar valvuloplastia em São Paulo

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Por Mariana Dias

Do Orcon Press

10/03/2025 | 12h40

O governo do estado de São Paulo, continua a colocar pessoas em fila de uma cirurgia que deveria ser emergencial, mas está classificada como eletiva.
A nova vítima da vez, é a Jornalista Amanda Heimann, de 30 anos de idade.
Desde abril do ano passado, ela foi inserida na fila do SUS, depois de ter complicações cardíacas e necessitar de um reparo de válvula mitral.
Como os meses passaram e a operação não foi realizada, o quadro de Amanda se agravou.

Em janeiro de 2025, seus exames mostraram obstrução numa 2ª válvula cardíaca, o que também não foi suficiente para mudar a classificação da necessidade de sua cirurgia.
Há duas semanas, Amanda precisou ser hospitalizada por conta de seu quadro e da necessidade em ser operada.
Mas a Central de Regulação de vagas de São Paulo, não havia liberado o procedimento até a publicação desta reportagem.

A família de Amanda, até tentou arrecadar o dinheiro, mas não conseguiu ainda alcançar os R$ 30 mil necessários, para custear o procedimento num hospital particular.
Talita Heimann, prima de Amanda, procurou a Reportagem do Orcon Press, para denunciar o que ela classifica como descaso do governo e do hospital, onde Amanda está sendo tratada.

A Reportagem procurou a Secretaria Estadual de Saúde, e aguarda posicionamento. Esta matéria será atualizada, em havendo qualquer manifestação.
O hospital por nota, informou que Amanda está sendo assistida, contudo não tem previsão para a cirurgia acontecer, pois isso depende de liberação do estado.
Amanda precisa ser transferida de unidade de saúde para ser operada, já que na unidade em que está, não existem especialistas para o procedimento.

Amanda Heimann se formou em Jornalismo no ano de 2019, e trabalhou durante a pandemia com Comunicação Online.
Também fez assessorias de imprensa para algumas empresas e eventos, entre os anos de 2022 e 2023.
Desde que ficou doente, a espera por sua cirurgia, teve que diminuir o ritmo de trabalho, o que também prejudicou sua vida financeira e profissional, destaca a prima.