Saúde e Bem-estar

Grávida espera mais de 12h por parto no Maranhão: hospital fala em normalidade a espera e paciente assistida

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Por Lívia Morelli

Do Orcon Press

05/03/2025 | 19h39

Atualizado | 21h25

A jovem Giovana Menezes de 25 anos de idade, está a espera de um parto cesáreo, desde a madrugada de quarta-feira, 5 de março, em um hospital do Maranhão.
Giovana estava em casa quando sua bolsa rompeu, e foi para o hospital. Entre a residência e a unidade de saúde, ela levou cerca de 40 minutos para chegar.
Assim que deu entrada o médico que a atendeu, constatou a ruptura da bolsa, mas se negou fazer uma cesariana.
“Ele disse que tinha tempo e que poderia tentar o parto normal e me deixou em observação esperando a manhã toda”, conta ela.

Giovana destacou que começou a se preocupar, depois das 14h da tarde, quando percebeu que houve troca no plantão e o médico não passou para vê-la.
A jovem questionou enfermeiras sobre o parto e soube que não haviam leitos para internação no hospital, por isso ela esperava em uma cadeira na emergência.
Ela chegou a ser atendida por outra médica do plantão, que também se negou a recomendar a cesariana.
Desta feita a desculpa foi a falta dos leitos para receber mãe e bebê.

A mãe de Giovana que acompanhava a filha no calvário, pediu que ela fosse então transferida para outra unidade de saúde.
A resposta foi, que não haviam ambulâncias que pudessem realizar o transporte.

Rosiane mãe de Giovana, chegou a ligar na Secretaria de Saúde, mas recebeu a mesma negativa.
“Falaram que a ambulância é para emergências que ela estava no hospital e não podiam transferir, tinha que aguardar. ”

Giovana temendo que perca a criança, decidiu denunciar o fato.
O Jornalista Guilherme Kalel, repercutiu a mensagem enviada pela jovem a Agencia Orcon Press, dentro do Live 365, Podcast apresentado por ele, ao vivo.
Até a atualização desta matéria, Giovana permanecia no mesmo hospital, numa espera agonizante pelo parto.

Grávida de 35 semanas, Giovana está no hospital desde as 5h35 da madrugada de quarta-feira, 5.
A Agencia Orcon Press entrou em contato com as autoridades e com o hospital, para entender o caso e a demora.
O Hospital informou via Assessoria de Imprensa, que a paciente está bem e assistida e que não existe razão para pânico.
A gravidez está monitorada e não existe sofrimento fetal para o bebê, o que indica a espera para um parto normal.
A unidade de saúde destacou que é comum após ruptura da bolsa antes do parto, que a gestante possa esperar de 24 a 48 horas para entrar em trabalho de parto, e neste período fica em observação na emergência hospitalar.
O hospital também destacou, sobre o leito, que está com acomodações maternoinfantis cheias.
Mas que pode autorizar a transferência da gestante se a equipe médica achar prudente e uma ambulância leva-la.

A Prefeitura informou em nota, que acompanha o caso da gestante, que está bem assistida, e que não há razões para nem uma troca de hospital.
A Secretaria Estadual de Saúde, não comentou os pedidos da Reportagem.