Por Vanessa Rezende
Do Orcon Press
03/03/2025 14h30
O Brasil viveu assim como o resto do mundo, um dos momentos mais críticos nesses últimos tempos, no ápice da pandemia do Covid-19.
Em 2020 quando surgiu o primeiro caso e os óbitos no país, foi difícil conter a desinformação e pouco se sabia até então sobre a doença misteriosa.
Os cientistas trabalhavam de forma incansável assim como toda a área voltada a saúde, para descobrir, um meio de frear aquele avanço mundial.
No Brasil não havia de ser diferente, Institutos de Pesquisas, cientistas, médicos, enfermeiros, nas redes pública e privada foram verdadeiros heróis.
O pico da pandemia se deu, mais em junho de 2020 e se estende pelo menos até julho de 2021.
Posteriormente com o avanço das vacinas e pessoas tomando suas respectivas doses, as coisas começaram a se acalmar nos meses subsequentes.
Tudo poderia ser diferente, se o Brasil tivesse passado por um período com menos negacionismo em relação a doença.
O Covid-19 não é nem nunca foi, uma simples gripe.
A doença é e foi fatal, e muitas pessoas poderiam estar vivas hoje, se as vacinas tivessem chegado mais rapidamente.
Não chegaram, muito por conta de Fake News que foram implementadas quanto a sua usabilidade.
Ou ainda, por conta de governantes que distorceram a realidade e encararam a doença de uma forma menos séria que deviam fazer.
O Brasil registrou 700 mil mortes por Covid-19 no pico da pandemia, um número recorde de óbitos.
Em um único dia houve épocas de serem 4,2 mil mortes, em 24h.
O número era maior do que em catástrofes mundiais.
Nem uma guerra teve a capacidade tão letal de morte, como o Covid-19, neste século.
A situação do Covid-19 ao contrário do que muitos pensam, ainda não acabou.
Apesar de hoje a doença estar mais contida, ela não desapareceu do mapa, ainda está aí.
No ano passado, o país registrou quase 820 mil casos de Covid-19 e mais de 6 mil mortes que foram provocadas pela doença.
A maioria dessas mortes ocorreram em pessoas com doenças crônicas e que não estavam em dia com suas doses de vacina, ou que não receberam a imunização.
De novo o problema das Fake News, que tem afastado as pessoas dos postos de saúde.
As redes pública e privada de saúde no Brasil, trabalharam como nunca e seus profissionais foram verdadeiros heróis, para salvar vidas.
As pessoas ainda hoje, continuam na execução deste trabalho, vacinando e pesquisando os efeitos do Coronavírus.
A doença ainda tem alguns pontos que precisam ser esclarecidos e é por isso, que esses grupos são essenciais.
As pesquisas feitas por especialistas de diferentes áreas, esclareceram pontos essenciais para novos tratamentos e políticas que sim, precisam ser implementados em defesa da vida e contra o Covid.
Pacientes diabéticos, pacientes com problema no coração, e pessoas que nada tinham e depois do Covid, desencadearam uma série de sintomas e problemas, merecem atenção especial.
O Covid-19 em todas as suas formas, da mais leve a mais acentuada, nunca deixou de ser perigoso.
Mesmo agora, com menos casos, ainda é uma realidade e necessita sim de cuidados e de atenção especial.
Ainda mais em períodos festivos, como natal, ano novo e carnaval. Onde a aglomeração de pessoas e a falta de doses adequadas de vacinas, são prato cheio para a proliferação da doença.
Hoje vive-se é verdade, em meio a uma série de problemas novos e antigos que merecem atenção e cuidado.
Mas o Covid-19 ainda mata e as Fake News em seu entorno, ainda são suficientes para aumentar essa proporcionalidade.
É preciso atenção, e informação.
Mais que nunca, a comunicação e jornalistas são essenciais nessa difusão não de Fakes, mas sim de fatos. Só assim, venceremos a batalha contra a desinformação e controlaremos de verdade este vírus.
Vanessa Rezende é Jornalista, Professora e Pesquisadora de Diabetes e doenças associadas.
Trabalhou em grupos de ação e combate a desinformação e ao Covid-19 entre 2022 e 2024, e ainda hoje, realiza pesquisas e publica sobre o tema.