Por Isabella Peroni
Do Informe On
28/02/2025 8h
A cidade de Maringá, no norte do Paraná, tem índices econômicos e habitacionais positivos.
Mas nem de todo brigadeiro está o céu do Município.
A atual gestão do Prefeito Sílvio Barros, que tomou posse em 1º de janeiro, encontrou algumas inconsistências que geraram medidas enérgicas por parte da Secretaria de Fazenda.
Isso foi detalhado em audiência com vereadores do Município, na quarta-feira, 26.
A cidade tem hoje, uma dívida que cresceu de 2023 para 2024, em R$ 70 milhões.
Este número também impacta diretamente o caixa da cidade, que perdeu R$ 85 milhões em recursos no ano passado.
A Prefeitura começou o ano, com menos de R$ 690 milhões em caixa.
Apesar de parecer expressivo, o número não é.
Isso porque, explicam os técnicos da Secretaria de Fazenda, a maior parte desse montante são de verbas carimbadas que não podem ser realocadas a outras destinações.
Por exemplo, da área de educação.
Isso quer dizer que o valor em caixa não pode ser usado para quitar a dívida do Município, que hoje está na casa de R$ 601 milhões.
O ex-prefeito da cidade, Ulisses Maia, que é pré-candidato a deputado federal pela região, comemorou em suas redes sociais os resultados positivos de sua gestão.
Nas suas postagens, Maia declarou que a Prefeitura teve um déficit primário em contas no fim do ano passado, de R$ 330 milhões.
De novo, este número não condiz com a realidade, já que a maior parte é de verba já carimbada.
Apenas 13% desse montante corresponde a recursos livres que poderiam ser usados com despesas não discricionárias e pagamento de dívidas, aponta a Fazenda Municipal.
Os vereadores de Maringá devem se reunir em algumas semanas para aprovar ou não, as contas do Prefeito em 2023.
Terão que depois também fazer a análise de 2024.
Se houverem irregularidades comprovadas isso pode gerar ônus políticos ao Ex-prefeito.