Por Mariana Dias
Do Orcon Press
27/02/2025 6h44
O governo federal se precipitou nesta semana, ao lançar na terça-feira, 25 de fevereiro, um programa de vacinas e atualizações que incluiu entre o rol de aplicações do SUS a nova vacina brasileira contra a dengue.
Quem afirmou isso, foi o Instituto Butantan, produtor e desenvolvedor da imunizante.
O governo federal prometeu, uma entrega de 60 milhões de doses que seriam aplicadas em um público alvo, já a partir do ano que vem.
Essas imunizantes teriam sido negociadas com o Butantan, e estariam em produção.
O Instituto destacou que não sabe se poderá cumprir com esse prazo e se terá condições de entregar 60 milhões de doses já para o ano que vem ao Ministério da Saúde.
A declaração jogou um balde de água fria, no último e mais importante anúncio e programa da Ministra Nísia Trindade, antes de deixar a Pasta no próximo dia 6.
O problema do Butantan em produzir a vacina, está na sua liberação.
O Instituto pediu em janeiro deste ano, que a Anvisa autorizasse a comercialização da vacina no Brasil e apresentou todas documentações e estudos que exige a Agencia.
O Butantan esperava produzir, 1 milhão de doses nesse ano e mais a partir do ano que vem.
A Anvisa não fez a liberação para que a vacina possa ser usada e antes disso, o Instituto não pode iniciar sua produção.
Há algumas semanas, a Anvisa solicitou mais documentos ao Butantan, o que atrasou ainda mais a análise do Instituto de começar a fazer a imunizante em massa.
O governo se precipitou porque não existem garantias de que essa vacina seja aprovada pela Anvisa, ou que saía a tempo de se produzir as doses que quer o governo federal.
O Ministério da Saúde foi procurado, mas até a publicação desta Reportagem não se manifestou.
