Por Guilherme Kalel e Karoline Ribeiro
Do Orcon Press
22/02/2025 16h45
Atualizado 23/02/2025 16h37
Na noite deste domingo, 23, pelo horário local de Roma, o Vaticano emitiu um novo boletim médico sobre a saúde do Papa.
Francisco, de 88 anos, segue internado sem previsão de alta, na Policlínica Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro.
O Papa foi hospitalizado depois de ter diagnóstico de uma infecção respiratória que evoluiu para pneumonia bilateral. Uma condição grave dada a sua idade e ao fato de acometer os 2 pulmões.
Francisco fez a retirada de parte do pulmão direito quando jovem, por conta de uma outra infecção respiratória grave que teve, o que torna essa sua nova condição, preocupante.
Seu quadro de saúde está sendo monitorado de perto e tem idas e vindas. No último sábado, 22, o Vaticano confirmou uma piora significativa na saúde do Pontífice.
Francisco teve uma crise de asma prolongada e precisou usar oxigenação de alto fluxo, informaram seus médicos. Por conta de uma baixa nas plaquetas e um quadro de anemia, desenvolvido de quinta para sábado, o Papa precisou também receber uma transfusão de sangue.
Os médicos monitoram a situação de perto e estão vigilantes a saúde do Santo Padre.
Existe uma preocupação de que os germes presentes nas vias respiratórias do Papa, possam entrar em sua corrente sanguínea causando um quadro de sepse (infecção generalizada).
No boletim mais recente, o hospital e o Vaticano informam que o Pontífice não teve novos episódios de crise respiratória mas que segue usando catéter de oxigênio de alto fluxo.
O Papa está alerta, e tendo contato apenas com quem está cuidando de sua saúde no hospital.
Apenas pessoas autorizadas tem acesso ao quarto do Pontífice na Gemelli, mas Francisco escreveu uma carta pública que foi lida nesta manhã no Vaticano.
O Papa agradeceu as orações e pediu que continuassem rezando por ele, e disse que se emociona ao ver o carinho das pessoas e das cartas que recebeu nos últimos dias.
Outra coisa que Francisco destacou, foram os desenhos recebidos por crianças com câncer, tratadas no Gemelli, ao que agradeceu o Papa os esforços de toda a equipe médica para cuida-lo.
Por conta da gravidade da saúde do Papa, rumores sobre uma eventual renúncia e preparativos para a sua sucessão começaram a circular no Vaticano.
No fim do sábado, 22, o Secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, disse que esta não é uma abordagem pertinente neste momento, e que não se fala em renúncia papal nem há que se falar.
Parolin destacou que a Cúria Romana assim como católicos do mundo todo, estão preocupados com a saúde do Santo Padre e é este o momento de se concentrar e fazer orações por Francisco.
Apesar da declaração, algumas fontes revelam que o Vaticano tem se preocupado com a saúde de Francisco e a questão de sua sucessão.
A preocupação é notória já que o Papa promoveu inúmeras reformas consideradas importantes, e que poderiam ser revistas a depender de quem fosse seu substituto.
Ao menos 13 cardeais, dos que poderiam votar em um eventual Conclave, desembarcaram em Roma e foram ao Vaticano, desde a hospitalização do Papa.
