Por Mariana Dias
Do Orcon Press
17/02/2025 7h19
A Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), abre uma consulta pública a partir desta terça-feira, 18, e que seguirá até abril, para ouvir a população sobre uma nova modalidade de planos de saúde que pretende autorizar no Brasil.
Se aprovada, a modalidade criaria uma linha de planos mais baratos que poderiam atingir diretamente cerca de 10 milhões de pessoas.
Na nova modalidade os planos seriam contratados para que o segurado tivesse direito a consultas eletivas, aquelas agendadas com antecedência com um médico, e a exames.
O plano não iria cobrir por outro lado, atendimento em Pronto Socorro emergencial, internações, cirurgias e outras terapias.
Isso baratearia o serviço no Brasil e permitiria que mais pessoas entrassem na Saúde Suplementar, e consequentemente iria desafogar o SUS.
Hoje, 75% da população brasileira depende do SUS.
36 milhões de brasileiros tem planos de saúde, mas que são em modelo empresarial, custeados pelas empresas contratantes dos serviços dessas pessoas.
Outras 8 milhões de pessoas tem planos individuais ou familiares, uma modalidade que tem entrado em decadência a cada dia.
Nas duas modalidades, os serviços vem ficando cada vez mais caros, dificultando o acesso a população.
A ideia com a nova modalidade, é que com esse novo tipo de plano, mais gente possa contratar.
O plano é voltado para aquelas pessoas que usam eventualmente os serviços médicos, e passa a ser similar a modalidades que hoje são vendidas sem regulação.
São redes de clínicas que oferecem consultas e exames com descontos e cobram uma mensalidade pequena por isso.
Nos novos planos, essas cobranças adicionais pela prestação dos serviços deixariam de existir, para que as pessoas pudessem pagar apenas a mensalidade e ter acesso aos serviços básicos de um convênio médico.
