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Análise: Pacheco encerra mandato afrente do Congresso mais perto de Lula, de um Ministério ou de tentar ser o que quiser

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Por Guilherme Kalel

31/01/2025 | 7h12

O senador Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, encerra este sábado, 1º de fevereiro, seu 2º mandato como Presidente do Senado Federal.
Em 1º mandato como senador, eleito em 2018, Rodrigo Pacheco tem perfil moderado e foi eleito para representar Minas Gerais pela 1ª vez, depois de ter sido Deputado Federal.
O senador foi alçado ao cargo de Presidente da casa com o apoio de Davi Alcolumbre, em 2021, e reeleito para o cargo em 2023.
Agora ele deve deixar a legislatura depois de ter encarado grandes desafios na casa de leis.
Pacheco passou pelo pico da pandemia de Covid-19, comandou o Senado durante a CPI da Covid, e pautou projetos polêmicos, sem medo de encara-los.
Teve importante atuação em diversos e diferentes momentos do Senado, e muitas das vezes agiu como um bombeiro entre as crises dos poderes.

Agora com sua saída, Pacheco construiu um legado que o permite ir onde ele quiser. Jovem, ele pode assumir um Ministério na Explanada de Lula, de quem ficou muito próximo desde sua eleição em 2022 e posse em 2023, e para quem fez elogios em 2024.
Ou pode ir disputar o governo de seu estado no ano que vem.
Aliás essa é a preferência de Lula da Silva, que declarou na quinta-feira, 30, que deseja o ver governador de Minas Gerais.

Com seu perfil moderado, Rodrigo Pacheco chegou a ser cogitado para candidatura a Presidência em 2022, mas declinou.
Em 2023, disse que se aposentaria da vida pública, tão logo se encerrasse seu mandato de senador.
O Presidente da casa, deve deixar o cargo amanhã e entrega-lo de volta para Alcolumbre.
O político não deve ter problemas para se eleger na votação de cartas marcadas e se transformar no novo poderoso da República.
Nos bastidores o que se diz em Brasília, é que Alcolumbre é o novo Arthur Lira, que acumulou grandes poderes entre as mãos.
Lira também deixa seu cargo de Presidente da Câmara neste sábado, e deve entregar o cargo a Hugo Motta.