Por Guilherme Kalel
27/01/2025 | 6h
Em delação premiada realizada na Polícia Federal, em agosto de 2023, e revelada agora, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, contou em detalhes como funcionavam os grupos que estavam nos arredores ao então Presidente do Brasil.
Cid dividiu esses grupos em 3 partes, sendo aquele que dizia que Bolsonaro nada poderia fazer, contra os resultados das eleições de 2022.
Compunham esse entorno, o então Comandante do Exército, e outros generais.
Havia um 2º grupo que defendia que Bolsonaro pedisse que os acampados nos Quartéis fossem para casa, para evitar problemas maiores.
Neste grupo, estavam Ciro Nogueira que era seu Ministro da Casa Civil, e outros políticos.
Havia ainda um 3º grupo mais radical, que defendia um golpe de estado.
Era nesse grupo que estavam, o Militar Mário Fernandes, que foi acusado de criar um plano para matar Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin.
Também segundo Cid, estavam nesse mesmo grupo, a esposa de Bolsonaro, Michelle, e seu filho Eduardo Bolsonaro.
O último inclusive mantinha contato muito próximo com colecionadores de armas e atiradores e cassadores, e acreditava ter seu apoio, para uma revolta armada.
Bolsonaro chegou a receber um documento conhecido como minuta do golpe, que foi apreendido nas investigações da Polícia Federal. Mas o então Presidente, nunca conseguiu coloca-lo em prática.
Bolsonaro e outras mais de 40 pessoas, já foram indiciadas pela PF, por diversos crimes nesse processo.
Agora aguardam parecer da Procuradoria-Geral, para saber se serão ou não tornados réu.
Michelle e Eduardo Bolsonaro não chegaram a serem indiciados pela Polícia, porque não houveram provas diretas que os ligassem as tentativas de golpe, além do que disse em depoimento Mauro Cid.
Os dois são os nomes mais cotados para substituir eventualmente o ex-presidente, numa candidatura presidencial em 2026.