Produtos eram usados para o controle do Diabetes, aumento da imunidade, e auxiliar nos tratamentos contra câncer e problemas no coração
Por Guilherme Kalel e Mariana Dias
08/01/2025 | 17h05
Atualizado 09/01/2025 | 7h16
A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu a livre comercialização de suplementos alimentares naturais no Brasil e com isso, retirou a possibilidade de tratamento de milhares de
pessoas.
Apesar de não serem classificados como remédios, as suplementações são consideradas auxiliar em tratamentos de saúde.
Foram proibidas a venda do Agaricus Blazei, conhecido como Cogumelo do Sol.
Que tem entre as suas propriedades o aumento da imunidade, controle da glicemia, níveis de açúcar no sangue, consequentemente do Diabetes.
O suplemento também auxilia no combate e prevenção a tumores.
Outra suplementação proibida foi o Panax Ginseng em capsula.
A suplementação é criada a partir de uma erva medicinal coreana, e é auxiliar para a memória, sistema nervoso central, coração, além de aumentar a imunidade.
O suplemento também é usado em muitos casos como anticoagulante natural.
As duas suplementações foram proibidas de serem comercializadas no ano passado em meados de julho.
Mas até o momento, nem uma popularidade havia sido dada a questão.
Grandes veículos de comunicação deixaram o assunto passar despercebido, até a tarde de quarta-feira, 8 de janeiro.
Quando a Agencia Orcon Press teve conhecimento da proibição e procurou fabricantes dos produtos para informações.
A Anvisa não esclareceu os motivos pelos quais a venda dos suplementos foi proibida no Brasil. Estes tipos de suplementação estão na mira da Agencia assim como outras substâncias também proibidas ao
longo do ano passado.
São diversos tipos de ervas medicinais que estavam sendo comercializadas em capsula e que agora estão proibidas de comercialização.
Em algumas farmácias de manipulação consultadas pela Agencia Orcon Press, ainda existe um estoque de algumas das substâncias que estão sendo comercializadas.
Quando acabarem, as farmácias não garantem a reposição para atender a seus clientes.
Já laboratórios de produtos naturais, como Unilife ou Catarinense, não possuem mais as substâncias comercializadas e não produzem em escala, os suplementos proibidos.
Uma explicação que pode ser dada para essa cassada da Anvisa contra produtos naturais, é a pressão feita por grandes farmacêuticas de dentro e fora do Brasil.
Segundo um representante de fabricante de produtos naturais, ouvido pela Reportagem Orcon Press, “A indústria natural precisa sempre se reinventar”.
Nas palavras dele, é comum que quando uma suplementação faz sucesso e as pessoas começam a consumi-la, veem resultados e não tem efeitos colaterais, a Anvisa encontre um jeito de barrar sua livre
comercialização.
A Agencia Orcon Press procurou a Anvisa para que pudesse ter um posicionamento oficial sobre a questão.
Até a publicação e atualização desta matéria, não havia uma resposta concreta por parte da Autarquia.
Em havendo um posicionamento esta reportagem será atualizada.
Foto / Reprodução – Imagem mostra embalagem do cogumelo Agaricus Blazei, que teve comercialização proibida pela Anvisa