11/12/2024 | 6h41
O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yel, vive mais uma semana difícil em seu mandato quase encerrado na 4ª maior economia da Ásia.
O sul-coreano teve seu escritório presidencial alvo de busca policial, nesta quarta-feira, 11.
Agentes da polícia chegaram ao local e com um mandado, entraram para fazer a apreensão de computadores e documentos.
Yoon não estava na sede do governo quando a busca aconteceu. Informações dão conta de que o Presidente não é visto em público desde o fim de semana.
Ele pode estar em sua casa, que fica em separado do escritório presidencial, aguardando os desdobramentos de uma crise política que se instalou na Coreia na semana passada.
Yoon Suk Yel, declarou Lei Marcial na Coreia do Sul e abriu uma crise política sem precedentes no país, na semana passada.
Parlamentares tentaram derrubar a ordem presidencial, numa sessão conturbada do parlamento, no último 7 de dezembro.
Ainda naquele dia, o Presidente sul-coreano veio a público se desculpar pela iniciativa e revogou a lei.
Antes, Militares foram vistos na rua da capital, Seul, e chegaram a deter pessoas que protestaram contra a ordem.
Diante a crise instalada, partidos de oposição começaram a se organizar para um Impeachment do Presidente.
A votação não foi para frente no fim de semana, porque o partido de Yoon, boicotou a votação.
Para o próximo 14 de dezembro, haverá uma segunda tentativa. Desta feita o Partido Popular, que é do Presidente, tem membros dispostos a votar.
A avaliação dentro da legenda é que Yoon Yel, perdeu a legitimidade para governar depois das recentes ações adotadas.
Uma corrente dentro da sigla porém, defende que o Presidente renuncie a seu mandato.
O que gera uma discussão interna neste momento, sobre a melhor forma de fazer isso, e como manter o PP no poder, após sua saída.
Hoje, não existe uma forma de saber quem está governando o país.
No domingo, 8, auxiliares do Presidente e integrantes do PP, informaram que o Primeiro-Ministro assumiria as funções administrativas, até que a situação se resolvesse.
Nesta manhã de quarta-feira, um Comissário de Polícia foi preso, acusado de insurreição contra a democracia da Coreia, o mesmo que uma tentativa de golpe.
Este Comissário, seguindo as ordens do Presidente, encaminhou policiais para impedir que parlamentares adentrassem no Parlamento no sábado, 7 de dezembro, antes da votação do Impeachment.
Yoon Suk Yel, também foi acusado pelo mesmo crime. Mas o Presidente não foi preso e nem interrogado pelas autoridades até o momento.