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O impacto do Diabetes e as doenças renais

Por Mariana Dias

04/12/2024

O Brasil possue hoje, em números atualizados, 21 milhões de pessoas que convivem diariamente com diabetes. 10% de sua população total.
Os dados crescem a cada ano, e assustam pela forma rápida como a doença degenerativa se espalha.
Neste universo de pessoas que convivem com a doença, há ainda as complicações relacionadas.

44% dos diabéticos possuem também complicações renais.
Que os obrigam a fazer procedimentos de hemodiálise ou ainda um transplante de rim.
30% dos diabéticos que possuem um problema renal, descobrem tardiamente.
Isso poderia acontecer mais cedo, se as pessoas realizassem como recomendam os médicos, os exames corretos de detecção de atividades renais.
Os exames deveriam ser realizados ao menos uma vez por ano, mas muitas das vezes as demoras no sistema de saúde ou o relaxo dos pacientes, contribuem para ampliar as complicações.

Dos pacientes que descobrem uma doença renal crônica, 40% passam por hemodiálise e são encaminhadas a uma fila de transplante renal.
Só 20% dessas pessoas conseguem realizar um transplante.
O tempo médio de espera para um rim na fila, é de 2 anos, em alguns casos até mais.
O que deteriora ainda mais a saúde do paciente.

Fator preponderante a se destacar, é que muitas das vezes esses pacientes morrem, porque faltam rins no sistema.
Por isto é também tão importante as campanhas de conscientização para doação de órgãos no Brasil.
Caiu em média 60% o número de transplantes feitos no país, desde a pandemia do Covid-19.

É possível se ter diabetes e ter uma vida relativamente normal.
Mas para que isto aconteça é necessário redobrar cuidados com a saúde.
Quando há o problema renal diagnosticado, é imperativo que seja tratado da forma correta e levado muito a sério.
A falência dos rins, impede filtração correta do sangue, que fica repleto de impurezas.
O organismo pode ter infecções generalizadas sem contar em afetar também o coração.

Uma prática muito incomum no Brasil é realizar transplantes duplos.
Onde pâncreas e rins, são trocados, a espera da cura da diabetes.
De cada 10 transplantes realizados no Brasil para rim, 2 são também para pâncreas.
São poucas pessoas que tem essa indicação, dentre as que tem, ainda é mais difícil encontrar dois órgãos compatíveis ao em vez de apenas um.
Mas este é um tema abrangente que podemos destacar melhor em outro artigo.