Por Nathália Beck
02/12/2024
O Banco Central publicou na manhã desta segunda-feira, 2, mais uma rodada do Boletim Focus, que projeta o cenário da economia na visão de economistas de diversos seguimentos do Mercado Financeiro.
As projeções continuam sendo nesta semana, negativas para o Brasil, com alta nos juros, na inflação e no Dólar.
Segundo o projetado, para o ano que vem, o Dólar deve fechar em R$ 5,60, anti R$ 5,55 projetados na semana anterior.
Neste ano a moeda norte-americana deve encerrar 2024 projetada a R$ 5,70, mesmo valor indicado na semana passada.
Essa alta, deve representar uma queda em relação aos últimos números da semana passada, quando houve um disparo da moeda.
O Dólar fechou a sexta-feira aos R$ 6,00 mas antes bateu a casa dos R$ 6,10, em maiores valores impactados pelos anúncios do pacote de corte de gastos do governo, e a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5000,00 mensal.
Já a taxa de juros da economia, deve encerrar 2025 em 12,63%, num número acima do previsto antes, que era de 12,25%.
Nesse ano é esperado que a Selic, taxa básica de juros da economia, seja fixada em 11,75%, um aumento de 0,5% ao patamar atual, de 11,25%.
Os aumentos dos juros são para segurar a inflação e também vem de impactos com os anúncios de corte de gastos do governo, que não agradaram ao Mercado por não serem medidas tão efetivas quanto preciso, para equilibrar economicamente o país.
Importante se destacar, que o Banco Central se reúne nos dias 10 e 11 de dezembro, pela última vez em 2024, para definir a Selic que encerrará o ano.
A projeção de inflação ao ano que vem, chega agora pelos economistas a 4,4%.
O número chega muito perto de estourar a meta do governo, assim como deve ocorrer em 2024.
Para esse ano, a projeção inflacionária chegou a 4,71% nessa semana, anti 4,63% na semana anterior.
Esses números estouraram a meta, que era perseguida pelo Banco Central.
O Brasil tenta cumprir uma meta de 3%, para os próximos 3 anos, mas tem sido cada vez mais difícil manter esse número.
Além de uma série de fatores internos, outras questões externas podem contribuir para esse não cumprimento.
A meta de 3% é considerada cumprida, mesmo que chegue a 1,5% para mais ou menos, ou seja a inflação poderia ser de até 4,5%.
Mas nesse ano, as projeções mostram que este teto ficou para trás e que no que vem, está muito perto de ultrapassar. O que não seria nada bom, para a economia e a alta de preços no país de forma desenfreada.