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Deficientes visuais podem ser despejados de imóvel em BH

Por Guilherme Kalel

01/12/2024

8 deficientes visuais que vivem em moradia permanente em um imóvel em Belo Horizonte, que pertence a União Auxiliadora de Cegos da referida cidade, podem perder seu espaço de morar.
O drama vivenciado por essas pessoas começa a partir de um processo do governo federal, por conta de uma dívida da entidade com o INSS, contraída há mais de 50 anos.
O valor não foi pago e a casa, avaliada em R$ 5 milhões chegou a ser leiloada, e vendida por R$ 720 mil.
O valor deveria ser usado integralmente para quitar a dívida com a União.

Contudo, as pessoas que residem no imóvel terão que deixa-lo, sem ter para onde ir.
Outros deficientes visuais de Belo Horizonte, que frequentam o espaço para atendimentos diários, também perderiam a atenção que hoje recebem.
Uma reunião na Comissão de Direitos Humanos na última sexta-feira, 29 de novembro, na Assembleia Legislativa do estado, buscou chamar a atenção para este fato.
A ideia é buscar junto aos deputados estaduais, força para impedir a ação de despejo.

O que a União Auxiliadora dos Cegos de Minas Gerais busca, é um meio de reverter o leilão e a ordem.
Uma pelo tempo da dívida e outra e mais importante, pelos papéis relevantes da entidade prestados a sociedade.

As 8 pessoas que moram na casa, não possuem vínculo familiar com outras pessoas e muitos são idosos, que vivem ali há mais de 40 anos.
O governo federal tem a obrigação de cuidar dessas pessoas, mas não o fez da forma correta e agora, quer joga-los na rua.
É o que defende a Parlamentar do Psol, que protocolou um requerimento na Assembleia Legislativa Mineira, para discutir a questão na Comissão.