Por Guilherme Kalel
30/11/2024
O Mercado Financeiro no Brasil segue em alerta e com o Dólar em disparada, depois do anúncio do pacote de corte de gastos do governo federal, na quinta-feira, 28.
Na data, a moeda norte-americana havia saltado de R$ 5,78, cotada no dia anterior, para R$ 5,90.
Já na sexta-feira, ela oscilou ao longo do dia e chegou a bater R$ 6,10, mas fechou o dia cotada a R$ 6,00.
Na semana houve uma alta de 0,6% na moeda e no mês, 3,8%, se comparado ao cotado em outubro.
E partes desse número tem a ver com o estresse do Mercado com o anúncio do pacote de corte de gastos do governo.
Isso porque, na visão de muitos economistas, o pacote não resolve o problema das despesas crescentes da União, ele apenas empurra o problema para frente.
O Mercado e muita gente, esperava um pacote de austeridades com cortes efetivos.
Mas ao em vez disso o que se viu, foram ajustes pontuais em benefícios de alguns, e mecanismos sem muito pouco efeito de longo prazo.
Quem analisa, destaca que o pacote foi criado para durar, apenas até 2026.
A bomba relógio que estava instalada no país pronta a explodir, prossegue.
Pior ao pacote de corte de gastos que não atende as expectativas, os economistas classificam a medida de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5000,00 por mês.
Ao mesmo tempo que o governo fala em corte de gastos por falta de recursos, com essa nova ideia, este mesmo governo abre mão de uma receita de quase R$ 45 bilhões ao ano, destacam economistas ouvidos pela Reportagem.
É isso que deixa o governo insustentável e demonstra total desprezo aos cortes que Fernando Haddad tentou implementar.
Claro que a proposta do Imposto de Renda ainda precisa ser aprovada no Congresso, e entraria em vigor em 2026.
Porém, ela já impacta desde já para os riscos futuros que esta isenção pode ter.
A medida é eleitoral, já que foi uma das propostas de Lula na campanha.
E muitos veem agora sua aplicação como uma garantia do Presidente de conseguir de forma antecipada sua reeleição.