Medicamento a base de canetas que é distribuído no SUS de 90% das cidades brasileiras também não chega ao programa federal
Por Tayla Vieira
21/11/2024
O governo federal brasileiro criou o programa Farmácia Popular, hoje presente em 15 mil estabelecimentos espalhados pelo país.
O objetivo foi facilitar o acesso da população a medicamentos. Há uma lista de 11 tipos de medicações que estão inclusas num rol de distribuição gratuita.
As farmácias fornecem aos pacientes e depois o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, faz os repasses para as drogarias pelos valores de referência da medicação.
Os medicamentos distribuídos são genéricos, nas classes terapêuticas mais baratas que os de marca. A eficácia porém, é a mesma em todos os casos.
O Diabetes faz parte do rol de medicamentos que podem ser distribuídos pelo programa federal.
Mas desde que começou a ser entregue, tem discrepâncias que nunca foram resolvidas.
Os medicamentos de insulina por exemplo, são distribuídos apenas nas modalidades NPH e Regular.
E apenas em ampolas. As canetas de insulina, que são mais fáceis de manuseio e melhores na absorção do organismo, não entraram na lista de distribuição.
O curioso, é que essas canetas são distribuídas hoje, por 90% das cidades brasileiras em média, que compram dos laboratórios para entregar de graça para seus Munícipes.
Em algumas cidades porém, essa tecnologia ainda não chegou, especificamente em cidades menores onde a política e contratos gigantescos são realizados.
Por outro lado em cidades maiores, o paciente pode optar por pegar a medicação na farmácia perto de sua casa, do que se deslocar a um centro de distribuição específica para a insulina.
Contudo o fato de não entregarem a caneta, dificulta.
Esse não é o único problema que pacientes de Diabetes enfrentam na retirada da medicação.
As insulinas distribuídas no programa Farmácia Popular, são de ampolas. Logo necessitam de seringas para a aplicação.
As seringas não vem com a medicação, o que é diferente se o paciente retirar o medicamento direto com sua Prefeitura em um Posto de Saúde.
As opções são, comprar o item, que pode ter um custo médio de R$ 130,00 mensal, para 30 dias de aplicação.
Ou ir até um posto para pegar de graça as agulhas com seringas. O que deixa desnecessário o uso do programa federal.
As farmácias sabem que é errado a distribuição do medicamento sem as seringas, e que poderiam passar a distribuir canetas de insulina ao em vez de ampolas.
Não o fazem mesmo assim. As seringas por falta de acordo com o governo que não compra os itens no programa federal.
As canetas, pelo prazer de dificultar a vida dos diabéticos.
Isso porque em média, a maioria de canetas NPH e Regular, tem valores similares as insulinas de ampola.
Comprar uma caixa de agulhas para aplicar a caneta, também é mais em conta. Custa em média de R$ 85,00 a R$ 100,00, a caixa com 100 unidades do produto.