Por Guilherme Kalel
15/11/2024
Imagine você sentir dor, precisar de uma cirurgia ou uma internação, e ter que ficar numa fila dentro de um Pronto Socorro ou de uma UPA, a espera de um leito.
Esse é um drama recorrente que ao longo de anos, existe na cidade de Franca, SP, quando o assunto é a saúde pública.
A cada vez mais parece que a situação piora, não importa o quanto anúncios são feitos para melhorar o atendimento.
Na prática parece que os leitos anunciados não saem do papel.
O drama da saúde pública porém, atingiu um novo patamar agora.
Não são somente para internações ou cirurgias, que pacientes tem que enfrentar um calvário a espera de vagas.
Para realização de exames, a espera também existe e é longa.
A Agencia Orcon Press, tem acompanhado casos que se repetem e agravam a situação da saúde francana, e o que é pior, ninguém, em nem uma esfera de governo, resolve o problema.
Na Prefeitura Municipal a resposta é que as vagas são de responsabilidade do estado, um fato.
O paciente é admitido na unidade de entrada, UPA ou PS, e ali, espera assistido para a vaga na Santa Casa, hospital de média e alta complexidade que atende a cidade e região.
O problema é que muitas das vezes, esse paciente, precisa iniciar um tratamento rápido, que não acontece, pela demora no diagnóstico.
O estado, esquiva-se de suas responsabilidades, e tenta jogar a culpa na alta demanda.
Mas fica impossível crer, que um exame, como por exemplo uma tomografia, tenha uma fila tão extensa de pessoas aguardando, como demonstra a Santa Casa.
O hospital por sua vez, não se pronuncia e as pessoas continuam a esperar, quase que eternamente.
Quem tem dor, quem passa por problemas de saúde, tem pressa.
Por mais que se entenda que o SUS é um atendimento dado conforme demanda e possibilidades, algumas situações deveriam ser mais ágeis.
Como uma pessoa que sofreu uma queda e bateu com a cabeça, espera por quase 24h uma vaga para fazer uma simples tomografia?
Parece surreal dizer isso em qualquer lugar do mundo, mas não em Franca.
Onde cenas como estas se repetem todos os dias.
É preciso mais humanidade, especialmente por parte da Santa Casa, para tratar as pessoas.
Mais do que isso, é preciso governantes que realmente se preocupem com as pessoas, e façam algo pois hoje, os francanos estão abandonados a própria sorte.
Até quando? Até que mais mortes comecem a ocorrer e o Ministério Público possa se envolver na questão, e a Santa Casa repita um quadro que já fez antes, o de se omitir diante a suas responsabilidades.
Tais como Estado e Município agora.