Por Guilherme Kalel
06/11/2024
A população dos Estados Unidos foi as urnas neste 5 de novembro, escolher seu novo Presidente.
Entre as escolhas possíveis, a forma como se desenhou a votação, permitiu com que Donald Trump tivesse a maioria dos estados da Federação em seu favor.
Ainda que a contagem popular possa ser diferente, o que manda na votação norte-americana é o número de estados em que o candidato teve maior votação, e que o dá os direitos de receber todos os delegados naquele estado no colégio eleitoral.
Assim, o ex-presidente vai voltar ao poder a partir de janeiro de 2025, 4 anos depois de deixar a Casa Branca.
Pessoas preocupadas com o seu emprego e a situação econômica do país, podem explicar os motivos de Trump ter vencido o Pleito.
Era uma eleição imprevisível em que na reta final, sua adversária Kamala Harris acabou ganhando algum impulsionamento, mas não o suficiente para derrota-lo.
Agora, sabendo o mundo que Trump irá presidir o país, o clima é de apreensão.
Raras exceções, os países precisam mesmo colocar suas barbas de molho, dado ao estilo que Trump tem de ser e de governar.
No Brasil, a tensão está por conta do esvaziamento da cúpula do clima, que será realizada ano que vem, em Belém.
Provavelmente Trump não envie representante o u vá participar. As causas climáticas não estão no seu modo de trabalho, nem pretende que esteja.
Aliás foi no seu governo que ele retirou os EUA do acordo de Paris, e agora deve fazê-lo de novo.
Por conta de questões de investimento, alta no Dólar, riscos eminentes, o Brasil também vai sofrer impactos econômicos.
É possível que os negócios entre as duas nações, percam tração pela diferença ideológica no poder.
Além disso, o Brasil precisará impor um mais rígido corte de gastos, se quiser ter boas relações com o comércio e indústria norte-americana.
Outro problema está, nos caminhos das guerras que se desenham no ambiente mundial.
A Ucrânia já sabe que perderá, todo o suporte que recebeu até aqui.
Trump é pró Rússia e não deve ajudar com mais nada, os ucranianos.
A tendência é que agora, os russos possam fazer o que quiser sem qualquer interferência mundial.
A Otan, parece ser outro problema.
O agora Presidente Eleito, já prometeu retirar os EUA do bloco, e não defender os membros da Aliança.
Para Trump, todos deveriam investir mais e não apenas contar com a proteção dos Estados Unidos, o país que mais investe na Otan hoje.
Se antes de 5 de novembro o mundo estava abeira de um colapso, a análise possível agora é que o colapso é inevitável.
Vai acontecer apenas se espera saber quando.
Guilherme Kalel é Jornalista e Escritor. Editor Responsável pela Agencia Orcon Press.
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