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Editorial: Coalizão que elegeu Nunes em São Paulo forma embrião para eleições de 2026, só falta escolher o candidato certo

28/10/2024 | 8h22

Antes das eleições Municipais ocorrerem, neste ano de 2024, muito se falou que seria um teste para 2026.
Tanto Lula quanto Bolsonaro, estariam em disputa com candidatos, para que pudessem formar seu palanque para as Presidenciais.
No fim das contas como pode se ver, os dois não conseguiram se protagonizar como queriam.
Quem pegou mesmo carona nessa onda para eleger Prefeitos, foram os governadores.
70% de eleitos, tiveram apoio dos governadores de seu estado, em todo o país.

Mas não é apenas nesse sinal que deve se observar.
A esquerda já tem um candidato unido para 2026.
Luiz Ina´cio Lula da Silva vai tentar sua reeleição para um 4ª mandato afrente do país.
Vencer, depende das estratégias que irá adotar, daqui para frente, e do quanto estará disposto a fazer o que preciso, para governar ou não, com responsabilidade.

Em São Paulo porém, 11 partidos, de centro e de direita, se uniram para fazer se eleger Ricardo Nunes, Prefeito da maior cidade do Brasil.
Foi a primeira vez desde que o país viveu a redemocratização, que um membro do MDB uma das maiores e mais fragmentadas siglas do país, foi eleito pelo voto popular direto para ser Prefeito na cidade.

Esse simbolismo, vem ao lado de que, os partidos que fazem parte dessa coalizão vitoriosa, estão alinhados ao espectro da direita e do centro, que ganharam força nessas eleições no país.
Fazem parte deste montante, PSD, o partido que mais cresceu e que governará a maioria das cidades brasileiras;
MDB, 2º nessa lista de comando;
PL, que tem Bolsonaro mas que não sabe se poderá contar com ele para 2026, dadas as questões de inelegibilidade do ex-presidente;
Republicanos, que é o atual partido do governador Tarcísio de Freitas, e que tenta se viabilizar como um partido de médio para grande no cenário nacional, entre outros.

Nessa linha de tantas coligações, Nunes terá que alinha-los nos altos escalões de seu governo, se quiser manter essa lealdade.
Mais do que alinha-los, é preciso discutir um projeto que em 2026, possa ser colocado em prática com essa união fortalecida.
A coalizão feita para as eleições Municipais da maior cidade do país, pode se repetir em maioria, para as Presidenciais de 2026.
Para que isso aconteça, depende apenas de uma coisa, um nome de senso comum.
Há muitos que hoje se lançam candidatos do centro ou da direita, e que sozinhos não tem poder para se impulsionar contra Lula.
Muitos poderiam inclusive, dividir os votos da direita e centro, no 1º turno Presidencial.
O difícil nessa coalizão é encontrar um nome que possa ser de comum acordo.

Ricardo Nunes já deixou claro o seu discurso, como tem que ser a união para dar certo em 2026.
O candidato precisa ser moderado, e não se trata de ideologia, mas sim de um projeto para governar, a todos e não para alguns.
Resta saber agora, se os partidos, os 11 que estavam presentes no discurso da vitória de Nunes, entenderam o recado, e se irão absorver e colocar o plano em prática.