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Análise: No Oriente Médio, Novo ataque de Israel pode elevar tensões para conflito eminente

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Por Jornalista Guilherme Kalel

27/10/2024 | 10h38

No último fim de semana, Israel executou um ataque de retaliação a alvos militares no Irã, na noite de sexta-feira e sábado.
O governo israelense concluiu a ofensiva e informou, que destruiu alvos importantes e causou danos a defesa iraniana.
Os ataques foram motivados, por atentados do Irã contra Israel nas últimas semanas e o apoio do regime, aos grupos terroristas Hesbollah e Hamas.

O Irã por sua vez, emitiu comunicado informando que dois de seus soldados, morreram nos ataques protagonizados pelos “criminosos”, termo que se referiram ao governo e Exército de
Israel.
Em Teerã, foram ouvidas diversas explosões na noite de sexta e na manhã de sábado, e também nos arredores.
Não houveram registros de danos em prédios civis, ou de pessoas feridas ou mortas no ataque.
O que indica a precisão dos israelenses, em alvos realmente militares.

O Exército Iraniano, disse que esses ataques serão respondidos.
E que prepara uma nova ofensiva.
O governo de Israel ainda não se pronunciou.

Fato que, esse ataque do fim de semana, eleva ainda mais o clima de tensão que existe no Oriente Médio, motivado pelo histórico de troca de farpas e agora de ataques, entre os dois países.
O Irã, lançou dois ataques coordenados contra Israel, entre abril e outubro de 2024.
Nas duas oportunidades os alvos não foram atingidos, porque as defesas israelenses interceptaram os ataques, em parceria com exércitos da Jordânia, Arábia Saudita e dos Estados Unidos.

O conflito que se espalha no Oriente Médio, tira a atenção do mundo para outra guerra que vem transcorrendo desde 2022, falando da Rússia contra a Ucrânia.
Hoje os ucranianos vivem uma situação lastimável a espera de ajuda militar que muitas vezes leva muito tempo para chegar, mas ainda assim não se rendem.
Em paralelo, há sim uma guerra em curso embora não declarada, entre os países do Oriente Médio.
É preciso saber, quando entrar em cena pois apenas conversar não vai sanar os problemas.
Seja pelo lado de Israel ou pelo lado do Irã, pelo que parece é que os países não estão dispostos ao diálogo, apenas em versões de retaliações, até que escalem a tal forma que pessoas passem a também serem atingidas.
Cautela é o que mais precisa nesse momento olhando a estes conflitos.
E agilidade, em evitar algo pior.

Guilherme Kalel é Jornalista e Escritor. Editor Responsável pela Agencia Orcon Press.
MTB: 89344 / SP.
guilherme@orconpress.com.br