Por Guilherme Kalel e Lívia Morelli
07/10/2024 | 5h06
O Brasil foi as urnas para realizar eleições Municipais neste domingo, 6 de outubro.
155 milhões de pessoas estavam aptas ao voto, sendo que destas, 1,6 milhões declarantes como pessoas com deficiência.
Imaginava-se que todas, sem qualquer exceção, teriam acesso a um lugar de votação inclusivo e acessível.
Mas não foi de fato o que aconteceu. A realidade para 128 pessoas, que procuraram a Reportagem da Agencia Orcon para denunciar, discriminação e falta de acessibilidade.
Destes números, 45 pessoas eram deficientes físicas que tiveram que ir para casa, por não conseguirem acessar o local de votação com suas cadeiras de rodas.
Outras 25 pessoas, foram deficientes visuais totais, que não conseguiram o acesso ao leitor de telas na urna eletrônica.
48 pessoas foram deficientes auditivos, que não tiveram intérpretes de Libras, ou qualquer outra alternativa para que pudessem exercer seu direito ao voto e a cidadania.
E 10, deficientes de outras naturezas, como Autistas e outros transtornos, que ficaram impedidos de votar.
Foram levadas ao conhecimento da Reportagem, 518 denúncias ao longo do dia de votação, sendo que 208 delas relacionadas ao público PCD.
Destas, 128, se provaram verídicas e de fato, consolidam-se em flagrante desrespeito a cidadania e a Lei de Inclusão, existente no Brasil.
O Universo PCD, Blog que trata de assuntos relacionados a Pessoa Com Deficiência nas páginas Orcon Press, procurou a Justiça Eleitoral para comentar a falta de acessibilidade e os atos de discriminação relatados por pessoas com deficiência.
Até a publicação desta matéria, não haviam sido dadas respostas.
O espaço permanece aberto, e a mesma será atualizada assim que qualquer informação pertinente for postada.