Jornalista Guilherme Kalel |

17 anos de carreira: Porque o dia de hoje é para mim, mais importante do que qualquer outro que já tenha passado

Por Jornalista Guilherme Kalel

07/07/2024 | 6h

A cada nova edição do Orcon Press publicada, significa para mim uma vitória pessoal.
Celebro como se tivesse ganhado um prêmio, porque de fato é.
Estar aqui, escrever para cada um dos leitores que irão ler o que publico, são motivos de sobra para que eu possa comemorar.
Talvez muitos não saibam, mas passei por muito para chegar até aqui.
Por trás de cada matéria publicada, existem muita dedicação, muita superação, muitas lágrimas.
Não sou de ficar falando em cada etapa ou cada obstáculo que tenho de enfrentar, até porque não creio que isso seja algo necessário de ficar se falando.
Mas as vezes, em datas como o 7 de julho, sinto que é o momento de sim, falar.
Abrir o coração e mostrar as pessoas que por trás das postagens, da tela que nos une, existe uma pessoa.
E que como pessoa, tenho sentimentos, passo por dificuldades e por muitas situações que quase não me fizeram chegar aqui.
Mas que se transformam todos os dias, em motivação para ir além e aqui estar. Para que por mais que queiram, eu não vá para nem um outro lugar que não seja na vida de cada leitor, enquanto me quiserem lá.
Hoje, completo 17 anos de carreira como Jornalista e Escritor.
Mas se enganam aqueles que pensam que esta carreira é voltada para glamour, para alegrias, não, não é.
Ser jornalista muitas das vezes é se por em meio de embates sérios, que permeiam o futuro da sociedade.
É fazer coberturas intensas sobre assuntos exaustivos, se indignar e saber quando a hora certa de falar.
É passar madrugadas e madrugadas em claro, trabalhando por uma matéria ou uma cobertura específica.
É segurar o choro, diante as tragédias que temos que anunciar.
E muitas vezes não conseguir, e no meio de um Podcast, se emocionar ao falar sobre o tema.
Isso nos faz humanos, e mostra a cada pessoa que sim, existimos e temos sentimentos.

Nesses 17 anos de carreira como Jornalista e Escritor, tive que provar mais.
Porque o fato de não enxergar, ser deficiente visual, me fez obrigatoriamente provar para todos, todos os dias, que sim, eu era e ainda sou capaz.
Desenvolvo minha própria marca, publico o meu site, coordeno a minha equipe.
Viajo muitas das vezes sozinho em busca da notícia, apuro de casa, do trânsito, de onde eu estiver.
Porque é o que eu escolhi fazer e não me vejo nunca fazendo outra coisa.
Não importa que os lucros sejam mínimos, que tenha o essencial para a sobrevivência mensal, é o que eu quero.
Se eu quisesse riqueza, seria bancário ou iria participar do BBB.
Não quis isso para mim, não pretendo e nunca pretenderei.
Meu trabalho é se não outro, informar as pessoas, e ajuda-las dentro daquilo que posso fazer como profissional.
Ser Jornalista é separar a vida pessoal da profissional, mesmo quando a pessoal atravessa seu caminho.
Mesmo quando você mentalmente quer parar, repensar, até pensa em desistir.
A paixão pelo Jornalismo te motiva e é maior que qualquer outra, te faz seguir em frente e lutar.

Muitas das vezes, em especial nos últimos 12 meses, tive que lhe dar com a desconfiança de certas pessoas.
Gente que em tese, deveria estar me apoiando, me acompanhando, torcendo pelo meu sucesso.
Preferiu me diminuir, criticar, falar daquilo que não sabe.
Porque não estão aqui, comigo todos os dias.
Não souberam nem nunca vão, do que eu passo, ou do que eu tenho que fazer, para trazer o trabalho que executo as pessoas.
Criticam tudo, desde o fato de ajudar os outros, ao fato de lançar livros.
Sem entender o que isso para mim, pessoal e profissionalmente falando significa.

E por muito tempo, o eco daquilo que me falavam, ficou na minha cabeça.
As vezes isso ainda fica, permeia aqui dentro e trás a luz, sentimentos ruins, de dor e tristeza.
Aí eu olho rapidamente quando isso vem, nossos 200 mil acessos.
As mensagens que recebo de todos os lados e lugares, todos os dias, e que me mostram o verdadeiro motivo para continuar com isso tudo.
Vejo a equipe que eu construi, dedicada, cada uma pessoa participante com sua área de atuação.
Vejo os elogios que vem das partes pelo trabalho que executo, mesmo daqueles que as vezes preciso criticar.
Jornalismo é isso, não fabricamos a notícia, trazemos o que está em Pauta.
Eventualmente vamos falar desse ou daquele político em nossas páginas.
Desse ou daquele hospital.
Mas aí, receber mensagens e feedbacks mesmo destes dizendo.
“Está no caminho correto, gosto do seu trabalho, você faz jornalismo com isenção.”
Isso compensa qualquer crítica desconstrutiva que receba, por mais que venha de pessoas que em tese deveriam ser as primeiras a me apoiar.

Só tenho que agradecer nesses 17 anos.
Ao meu avô materno, Otair.
Que sempre acreditou e incentivou meu trabalho.
Aos professores de minha formação escolar, que me mostraram os tamanhos de minhas capacidades.
Me ensinaram tudo o que eu precisava saber, para chegar aqui.
A minha equipe, que chora comigo quando tem que chorar, mas que também seca as lágrimas e vai a luta, quando temos que lutar.
Aos amigos próximos, que compartilham o trabalho que executamos.
Aos meus filhos, que ao contrário de outras pessoas tem orgulho em dizer que o pai, é Jornalista.
E do trabalho que eu executo especialmente na ajuda a terceiros.
A minha esposa, que esteve comigo em momentos tão difíceis, incentivando e apoiando de forma incondicional.
A minha mãe Angela, que nunca se refutou as responsabilidades de uma mãe dedicada.
Aprendeu o Braille para me ajudar quando criança no período escolar.
Me levou em São Paulo, no frio, na chuva, no sol, mesmo sem conhecer a cidade, desde meus 19 dias de vida, para os tratamentos de saúde que necessitei.
Ao meu pai Humberto.
Porque pai, não é quem faz, é quem cria, quem educa, quem da conselhos e amor.
E é isso que meu Pai Humberto, sempre fez por mim, desde que se casou com minha mãe.
Não tenha um só dia em minha vida que eu não sinta orgulho, em dizer as pessoas que ele é o meu pai.
Porque ele conquistou esse direito.

E a meus leitores.
Responsáveis totais por meus 17 anos de carreira.
Nada disso faria sentido, se não fossem cada um de vocês.
Nesses 17 anos, gratidão é o que me move.
E nesses 6 meses em especial, desde que lancei o Orcon Press, que do 0 chegou a 200 mil acessos em 180 dias.
Meus profundos, sinceros, totais, agradecimentos.
Aqui seguimos e seguiremos juntos sempre, com o olhar atento na notícia, opinião sem medo da verdade.

Guilherme Kalel é Jornalista e Escritor. Editor Responsável pela Agencia Orcon Press.
MTB: 89344 / SP.
guilherme@orconpress.com.br