25/04/2024 | 16h02
Esta quinta-feira, 25 de abril, nossos irmãos portugueses celebram em Portugal, os 50 anos de sua nova democracia.
É importante relembrar, que por anos, Portugal viveu sob um regime autoritário ditador, implantado por António Salazar.
Depois de muitos problemas, uma troca de comando, guerras contra países menores, o Exército de Portugal pôs-se a analisar como as coisas caminhavam, e o caos que poderia se instaurar no país.
Jovens também estavam cansados daquele regime, de toda opressão e todas as mortes que se permeavam anos afio.
Portugal respirou a democracia, aos 25 dias de abril de 1974.
Naquela altura, os Militares tomaram o poder e devolveram-no ao povo.
Em 1976, entra em vigor a nova Constituição portuguesa, e uma nova era democrática passa a ser vivenciada no país.
Hoje, 50 anos após aquela revolução, os portugueses fazem uma reflexão a tudo o que passou.
Desde aquela altura, os governos democráticos se alternaram entre o centroesquerda, representado pelo PS, e a centrodireita, no PSD.
Em março de 2024, a democracia portuguesa viu uma nova força emergir, a extrema-direita, com ideias ultrapassadas e nazistas, representada pelo Chega.
O partido teve um crescimento histórico, e teve 18% de votos válidos na eleição, elegendo 50 deputados e sendo a 3ª maior força política de Portugal agora.
Historiadores que avaliam a Historia em Portugal, são unânimes ao relembrar.
Hoje a democracia segue em risco e é preciso conter o avanço do Chega e de ideias similares.
Esses partidos quando chegam ao poder, emitem suas ideias e ideologias como únicas e corretas e usam da democracia que os elegeu, para acabar com o regime democrático.
Foi com movimento similar, que uma ditadura se implantou em Portugal na década de 30, e é isso tudo que o país não quer de novo viver.
Além de uma multidão de pessoas, que acompanhavam os discursos políticos no decorrer da quinta-feira, Portugal hoje, vivenciou uma marca histórica e a ser muito comemorada.
Muitos representantes de Estados, estiveram no país e prestaram suas homenagens.
Faltou o Brasil. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de novo, é motivo de vergonha ao país, ao não comparecer na solenidade de nosso país irmão, para celebrar.
Apesar disso, hoje rendemos nossas homenagens a nossos irmãos portugueses, relembrando que eles tiveram a coragem necessária para lutar por aquilo que acreditavam.
Seguiram 50 anos depois com sua sólida democracia e o direito de sonhar, acreditando naquilo que todos nós queremos, um mundo melhor e um país mais digno.
Guilherme Kalel.
MTB: 89344 / SP.
Jornalista e Escritor. Editor Responsável pelo Portal Orcon Press e Colunista no Jornal Verdade
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