Jornalista Guilherme Kalel |

Liberdade de Opinião: Com a educação abandonada, escola municipal é alvo de falta de segurança em Franca, e a culpa só cabe a Prefeitura

28/03/2024 | 8h

Na última quinta-feira, 21 de março, uma das escolas municipais de Franca foi alvo e mais uma vez, de crime de invasão seguido de furto.
Os invasores são dois indivíduos que apesar de terem sido filmados na câmera de segurança do colégio, não foram identificados até a publicação desta Coluna, pela Polícia Civil.
Não foi a primeira vez que a referida escola, Emeb César Augusto de Oliveira, localizada na zona leste do Município, foi alvo desse tipo de ataque.
Só em 2024, esta foi a 6ª vez que a escola foi visitada pelos bandidos.
Já foram levadas fiação, panelas, torneiras, e até mesmo brinquedos das crianças usarem no recreio, e que tinham sido adquiridos no começo do ano pela direção da unidade escolar.
A invasão acontece sempre a mesma forma, os indivíduos aproveitam um buraco no muro e a baixa do mesmo, para adentrar ao espaço Municipal.
O colégio deveria aumentar o muro para inibir este tipo de situação, que além das 6 vezes ocorridas neste ano, também ocorreu no ano passado.
Mas, a escola aguarda há meses que o processo burocrático da Prefeitura possa liberar a construção do muro, que aumentaria a segurança do local.

No colégio não há a presença de Guarda Municipal, e as câmeras não são suficientes para amedrontar e garantir a segurança.
Nem mesmo na entrada dos alunos, há equipes de segurança como a Prefeitura disse que teriam nas escolas no ano passado, quando uma onda de violência começou a assolar escolas em todo o Brasil e causou medo nos pais e professores.

Aliás por falar em Prefeitura, a responsável ou que ao menos deveria ser, pela segurança do espaço que de novo, é Municipal, nem uma palavra sobre o ocorrido.
Desde a sexta-feira, 22 de março, foram tentados inúmeros contatos mas a Assessoria de Comunicação do Prefeito Alexandre Ferreira, nem o próprio, falaram.
A sociedade espera uma resposta bem como uma explicação, já que o que está acontecendo não pode mais se repetir e se transformar em algo normal, não é.
A escola precisa de segurança, e não é isso que está ocorrendo.
Não por culpa da unidade de ensino, mas por falhas da Administração Municipal que infelizmente existem, e que tem que ser reconhecida.
No ano passado inclusive, foi esta a escola em que, um homem invadiu pelo estacionamento dos professores, em horário de aula, colocando em risco a vida das crianças.
E que a polícia rapidamente conseguiu deter, em um trabalho exemplar, diga-se de passagem.

A Escola Municipal de EDucação Básica César Augusto de Oliveira, é um exemplo de qualidade em seu ensino e de cuidado com seus alunos.
Com funcionários dedicados, a unidade de ensino oferece não apenas uma educação com máxima qualidade mas também e principalmente, um cuidado especial a cada integrante da unidade escolar.
A incluir também aqueles alunos com algum tipo de deficiência, que frequentam as salas de aula do colégio, e que são muito bem acolhidos por professores e funcionários.
Não é justo que um lugar, cujo exista tantos cuidados e tão boa educação, fique a mercê de criminosos.
Ou que as crianças, fiquem sem brinquedos para a diversão no recreio, porque a Prefeitura de Franca é incapaz de cuidar do espaço.
É contra isto exatamente que, este artigo fala hoje.
Não podemos nem vamos deixar esta situação cair no esquecimento.
E sei que, assim como ocorre nesta unidade, Franca tem outras escolas municipais em que problemas similares acontecem.
É preciso mais que nunca, que a Secretaria Municipal de Educação e o Prefeito, olhem por estes locais.
Claro que a cidade é grande e tem muitos problemas e muitas coisas para fazer.
Mas é preciso que a área de educação e de segurança, sejam uma das prioridades deste e de qualquer governo.
Não refutarei a cobrar, quantas vezes necessário, as devidas respostas.
E acredito que a comunidade como um todo, também deve o fazer.
Os vereadores também não devem se calar, diante ao ocorrido.
É preciso que aqueles eleitos para nos representar, de fato nos representem, e cobrem da Prefeitura as medidas ágeis e de resolução do problema.

A Emeb precisa da construção do muro, de melhorias na segurança e não de burocracias que travem o andamento disso.
E algum jeito de resolver há de ter.

Guilherme Kalel
Jornalista e Escritor. Editor Responsável pelo Portal Orcon Press
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