29/02/2024 | 8h05
No último sábado, 24 de fevereiro, completamos 2 anos de invasão da Rússia a Ucrânia, em uma guerra que prossegue e ainda é tão sem sentido quanto quando começou.
Vale relembrar que o Presidente russo, Vladmir Putin, sob pretextos absurdos, decidiu que a Ucrânia, era uma ameaça para seu território e por isso autorizou uma operação Militar no país.
O que para o resto do mundo foi um ato de guerra.
Na invasão, feita por terra e ar, os russos entraram em solo ucraniano, violaram a soberania de um país, apenas e com claro objetivo de anexar o território ao seu, dando passos para a recriação da União Soviética.
Algo que Putin como ex-KGB, se recente por ter sido um regime derrotado pelo ocidente anos atrás.
Com a desculpa de que a Ucrânia era governada por um regime nazista, salientando, o Presidente ucraniano é judeu, o que não faz nem um sentido na prática, Putin decidiu atacar o país vizinho.
Isso ascende um alerta em muitos países e não poderia ser diferente. Uma vez que seja vencedor na guerra com a Ucrânia, nada impedirá que Putin continue seu plano de expansão, atacando outros países e inclusive entrando em conflito com a Otan.
É aliás um assunto que tem estado na pauta internacional nos últimos dias, quando a Otan e a Rússia entrariam na eminência de um conflito armado.
O tema é muito sensível mas não pode escapar aos olhos de todos.
Assistimos a guerra na Ucrânia, preocupados com o destino de nosso mundo e com razão.
O que a Rússia fizer lá e cada atrocidade vivenciada e acompanhada, devem ser motivos de alerta.
E cada dia que passa sem uma reação mais firme, a Otan fortalece Putin e seus aliados.
É claro que, ninguém deseja uma guerra mundial.
Mas infelizmente para alguns regimes autoritários, acaba sendo como única saída ou forma de impedir desastres ou tragédias maiores.
Há situações que não se resolvem apenas com o diálogo, e é quando as forças Militares que lutam em nome da liberdade, de verdade, tem que entrar em ação.
O Presidente da França, Enmanuel Macron, disse nessa semana que em algum momento deveria-se estudar o envio de tropas para a Ucrânia.
O que de fato ele tem razão. Não bastam apenas ajudas financeiras para ajudar a Ucrânia vencer a guerra.
A situação que hoje se encontra o país, é preciso apoio Militar de massa, para reverter tal situação.
O conflito entre russos e a Otan, é inevitável, seja hoje ou amanhã, vai acontecer.
Apenas não enviando soldados agora, garantem os líderes mundiais, que as forças de Putin se expandam, causem mais morte e destruição.
Em 2 anos de guerra, vamos relembrar o que o sanguinário russo já protagonizou.
Morte de 30 mil soldados ucranianos.
Morte de quase 20 mil civis ucranianos.
Mais de 100 mil pessoas feridas, entre soldados e civis, residentes na Ucrânia. Muitos com deficiências permanentes provocadas pela guerra.
Dezenas de milhares de pessoas que foram estupradas, na invasão russa as cidades e vilas na Ucrânia.
Neste sentido, apontamos segundo levantamentos, 25 mil mulheres deficientes, sendo que, 14,5 mil visuais, que foram abusadas sexualmente pelos soldados russos na incursão.
Números que assustam, demonstram atrocidades cometidas e que a Rússia tem cometido reiterados crimes de guerra e contra a humanidade, mas que nada acontece.
Sem falar nas milhares de crianças ucranianas sequestradas e retiradas de suas famílias a força, levadas para o lado russo da fronteira, e enviadas a outras famílias ou campos.
Situação pela qual inclusive, Vladmir Putin foi denunciado e existe decretado pelo Tribunal Penal Internacional, sua prisão, ao pisar em qualquer solo que seja signatário do TPI.
Agora, façamos nós um paralelo desta guerra horrível, de cada um de seus desdobramentos, com o Brasil e o governo atual.
Por que Lula da Silva, condena os ataques de Israel contra o Hamas, grupo terrorista, na faixa de Gaza, e chama de genocídio, mas não os ataques russos a Ucrânia?
Por que nosso Presidente lamenta a perca de vida de mulheres e crianças da Palestina, mas não diz uma palavra se quer, sobre abusos sexuais de mulheres, crianças e deficientes
em solo ucraniano?
Por que Lula da Silva, não condena Putin, e tem o disparate de dizer que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quis a guerra, porque não se entregou ao homólogo russo?
Aqui, vigora a inversão dos valores e de papéis, e o Brasil caminha envergonhando os brasileiros de bem.
Que não podem aceitar estas afirmações, falas insanas sem se manifestar.
Por isto escrevo.
Nota 01:
Na data da publicação desta Coluna, 29 de fevereiro, um dia raro do calendário, seria pedir muito que Lula fizesse um gesto raro também, e agisse como um Presidente, líder de uma nação, e condenasse a Rússia por suas atrocidades?
Para este pedido eu respondo. É mais fácil que se crie uma lei mundial, para que fevereiro passe a ter 30 dias.
Nota 02:
Neste 29 de fevereiro, é dia de celebrar as pessoas raras.
Aquelas que dispõe de alguma condição de saúde, que as tornam pacientes de uma patologia quase única ou que pouquíssimas pessoas tem no mundo.
Neste sentido, englobamos doenças genéticas, que precisam de ampla divulgação, melhores tratamentos e maior engajamento do governo.
Para falar sobre este dia, acontece em Osasco, o II Congresso Nacional das Doenças Raras.
Que pode ser acompanhado ao vivo, no Youtube, pelo canal do Diário PCD https://diariopcd.com.br
Um Portal de Notícias dedicado a informar todos os dias, sobre pessoas com deficiência.
O Congresso é promovido pelo Diário PCD, a consultoria Tudo Sobre Inclusão, e o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.
Fica aqui o convite para que os leitores, acompanhem o evento, hoje, das 10h20 as 17h, no canal do Youtube do Diário PCD.
Também fica aqui, minha carinhosa lembrança aos Raros, que todos os dias tem que buscar seu espaço na sociedade, e lutam incansavelmente para terem atendidos seu direito essencial, o direito a vida.
Guilherme Kalel
Jornalista e Escritor. Editor Responsável pelo Portal Orcon Press
MTB: 89344/SP
guilherme@orconpress.com.br
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