Por Barbara Monteiro e Nathália Beck
Especial para o Orcon Press
São Paulo 25/02/2025 | 15h
Atualizado | 26/02/2024 | 6h36
O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou apoiadores para que se reunissem na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, 25 de fevereiro.
Foi a primeira vez que Bolsonaro chamou a população as ruas, desde que perdeu as eleições em 2022, e deixou o poder em Brasília.
A manifestação foi vista com grandes expectativas, porque mediria a força do bolsonarismo e sua capacidade de liderar uma oposição a Lula e a esquerda no país.
De pano de fundo, as manifestações ainda traziam a atual situação do ex-presidente, acusado pela Polícia Federal de uma tentativa de implantar um golpe de estado no Brasil, ao término de sua gestão.
Os apoiadores do ex-presidente, atenderam em peso a sua solicitação.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP, 600 mil pessoas estiveram na Paulista para que pudessem acompanhar o ato e o discurso de Bolsonaro.
A USP, que usou recursos faciais, estima que 185 mil pessoas participaram do ato.
A manifestação contou ainda com apoiadores do ex-presidente, incluindo políticos com mandato ativo.
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi a primeira a discursar na avenida, e relembrou os momentos difíceis que sua família tem passado.
Michelle destacou Deus e citou versículos da bíblia durante suas falas.
Além dela, o governador Tarcísio de Freitas também discursou no trio elétrico, locado para o evento.
Outros apoiadores também falaram, mas todos com discursos menos inflamados e mais ameno.
O Pastor Silas Malafaia, que organizou o ato também falou com os populares que acompanhavam o protesto.
Coube a ele o tom mais radical da tarde, com discursos mais enfatizados ao STF e o Ministro Alexandre de Moraes.
Embora não usasse de tons ofensivos, Malafaia destacou que Moraes tem lado, entre outros momentos da fala de ataque direto ao Ministro.
Bolsonaro foi o último a falar na Paulista.
O ex-presidente disse que o Brasil não teve uma tentativa de golpe, e que tentam imputa-lo um crime que não cometeu.
O ex-presidente ainda disse que é vítima de perseguição política, mas que confia em Deus e no povo, para vencer este desafio.
Destacou que, a foto das milhares de pessoas ali naquela tarde, circularia o mundo, e isso por si só fala muito sobre o manifesto e aqueles que querem de verdade mudar o Brasil.
Em dado momento, Bolsonaro chegou a pedir que deputados e senadores se reunissem entorno de um projeto de anistia, para pessoas que realizaram protestos em 8 de janeiro do ano passado.
Aquela oportunidade, Brasília se transformou num palco de guerra, com pessoas invadindo a sede dos três poderes, e depredando o patrimônio público.
Bolsonaro é acusado de inflar sua militância para que chegasse aquele ato.