Por Jornalista Guilherme Kalel
Do Orcon Press
07/01/2023 | 7h
Hoje estreia a coluna Acessibilidade Em Pauta.
Que vai trazer a nossos leitores sempre assuntos relevantes sobre a acessibilidade no Brasil e no Mundo, sempre que um fato merecer destaque.
Entre tantas coisas que são acessíveis ou inacessíveis, este primeiro artigo nos chama a atenção a algo.
Como estamos sempre conectados a tecnologia, com o passar dos anos se tornou comum fazermos quase tudo ligado a ela.
Assistir TV é uma das coisas que se tem transformado e hoje não é mais apenas em um aparelho televisor como era antigamente, num passado não tão distante.
Desde 2018 os serviços de Streaming tem ganhado a preferência popular e com isso, a oportunidade de assistir a partir de um computador, notebook, tablet, smartphone.
A TV vem se transformando e a forma como a assistimos também.
Em meio a todas estas transformações porém, há de se destacar algo que não mudou.
Apesar de avanços consideráveis, as televisões convencionais cada vez mais modernas tem um defeito incorrigível até aqui.
Os portadores de deficiência visual total não podem usa-las.
Pelo menos não a maioria delas, ditas Smart TVs.
Para estes televisores e para aqueles aparelhos chamados Smartbox, que prometem transformar a TV em Smart, a acessibilidade passa longe.
Apesar de algumas versões dos dispositivos terem Android, e com ele o Talkback, leitor de telas usado em tablets e smartphones, isso não acontece na maioria dos dispositivos que tem essa finalidade.
O que torna a experiência do invisual frustrante e impossibilitada em uma TV.
Recentemente tive como deficiente visual, parte desta experiência em um aparelho de TVbox da Amazon.
Apesar de oferecer tanta tecnologia a companhia norte-americana, que usa um sistema próprio em seus dispositivos, se esqueceu de torna-lo acessível.
Sem um par de olhos para guiar, fica impossível usar o dispositivo em uma TV.
Felizmente pode-se ter os aplicativos de Streaming no celular.
O que facilita e permite a quem não enxerga o acesso necessário.
Mas não deveria ser assim.
É preciso um olhar mais atento a todos os públicos de pessoas, inclusive os deficientes visuais.
Que também são consumidores e merecem acessibilidade, assim como videntes querem respeito.